09/11/2013
Prova prática do Concurso do Saae acontece neste domingo(10)
Será realiza a amanhã, 10, a prova prática do Concurso Público promovido pelo Saae para os cargos de Engenheiro Civil e Procurador Jurídico.
Somente
para estes dois cargos será feita esta etapa, pois, por incrível que
pareça e de forma inédita em concursos promovidos pela autarquia,
ninguém, se classifico para a fase prática no cargo de Operador de Estação de Tratamento.
Ninguém que fez a prova objetiva alcançou média classificatória para a próxima etapa.
A prova acontecerá amanhã, 10 de novembro, no escritório
do Saae e os candidatos aprovados deverão comparecer a autarquia meia
hora antes do inicio da prova, ou seja, às 8:30 hs, pois a prova terá
seu inicio ás 9 hs.
O fato negativo ficou por conta de nenhum candidato
obter média para fazer a prova prática para o cargo de operador de
estação. Agora todo o processo deverá ser refeito para o preenchimento
de 1 vaga.
Este fato é inédito e com certeza trará prejuízos a
autarquia. Os profissionais que forem contratados farão jus à
remuneração de acordo com a função podendo variar de R$ 770 reais e 19
centavos a R$ 2 mil 580 reais e 54 centavos.
A validade do certame
será de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período. Para
outras informações o SAAE está situado à rua João Bento, 40, vila Williams ou pelo telefone 3471 0020. 





ROMARIA A APARECIDA
Na noite da sexta-feira 13 de setembro um ônibus cheio de peregrinos saiu de Garça e rumou à cidade de Aparecida, aonde chegamos na manhã do sábado, após rápidas paradas no trajeto. Eram em sua maioria pessoas aposentadas entre alguns jovens e uma senhora centenária.
Senti o primeiro grande êxtase do dia da sacada do hotel, de cuja altura avistava o extenso Vale do Paraíba, limitado de um lado pela grandiosidade da Serra da Mantiqueira, e de outro pela movimentada Via Dutra a serpear entre os Seminários e as colinas próximas.Meu Deus, tinha diante dos olhos, na terceira idade, a mesma visão dos dias finais de minha infância e dos primeiros tempos da juventude! Estudei no Colegião de Aparecida nos idos de 1953-1954, iniciando o Seminário Menor, e para lá voltei em 1960 a fim de cursar a Filosofia.
Os papas Bento XVI e Francisco, em visita a Aparecida do Norte, estiveram, recentemente, por algumas horas, naquela monumental Casa de Formação, e puderam contemplar de seus aposentos a mesma visão que encantava, nas longas tardes de estudo, meus olhos juvenis.
Na manhãzinha daquele sábado de peregrinação, tomei a máquina fotográfica e pus-me a focalizar, numa tentativa desesperada, mas infrutífera, de englobar todos os pormenores do indescritível panorama. A fotografia, porém, era incomparavelmente inferior à cena natural.
Banhados e alimentados, dirigimo-nos à gigantesca Basílica Nacional de Aparecida através da enorme passarela, por onde caminhava um rio de gente, de onde se avistava um mar de ônibus e veículos. E o Santuário se agigantava à medida que nos aproximávamos.
Em 1953 e 1954 a nova Basílica não era mais do que um sonho futuro, uma semente, um projeto do arquiteto Benedito Calixto Neto. A vida religiosa de Aparecida girava então em torno da Basílica velha para onde, crianças ainda, subíamos a pé e de terno azul marinho.
No início dos anos 60, o coral do Seminário de Filosofia chegou a cantar em Missas solenes no novo Santuário ainda em construção. E sua arquitetura já nos assombrava pela ousadia. Nas recordações da época deslumbrava-me a imagem de N. Sra. da Assunção na frente do Templo: parece estar voando na luz.
Hoje o céu e a terra povoam, com afrescos de Carlos Pastro, aqueles arcadas, aquelas naves, aquela cúpula central, de onde pende o enorme Crucifixo sobre o Altar, dando-nos a impressão de participarmos sempre de uma liturgia celeste no final do livro do Apocalipse.
Antes da Missa da manhã, minha esposa e eu íamos avançando no meio da multidão compacta que subia rumo à imagem da Mãe Aparecida, aos pés da qual deixamos com fé nossos desesperados pedidos de socorro, na esperança de sermos atendidos. Todo sacrifício valia aquele curto instante aos pés da Mãe de Jesus Cristo, intercessora nossa diante de nosso único intercessor.
A participação da Santa Missa em seguida foi ao mesmo tempo um louvor a Deus e um grande sacrifício para quantos, como nós acima dos setenta anos, se aglomeravam em pé por falta de assento. Em conversa com outros irmãos depois, ficamos sabendo que, à tarde, tanto a visitação da imagem, quanto a Santa Missa eram menos frequentadas.
Almoçamos e descansamos um pouco. À tardezinha, lá nos fomos ao Morro do Cruzeiro para acompanhar as catorze estações da Via-Sacra, obra do escultor A. Sarro, conhecido em Garça por alguns monumentos com sua assinatura. Como o do Cristo Redentor, no Jd. Paineiras, com seus braços estendidos, a acolher e abençoar todos os munícipes e autoridades da cidade.
Junto com as orações feitas no percurso, em cada estação da Paixão de Cristo tirei foto de minha contemplativa esposa, imagem da sofrida criatura humana, frágil por natureza e forte ao mesmo tempo pela fé. E no fim da grande ascensão por aquelas sagradas colinas chegamos à luz e à glória da ressurreição. Estávamos cansados, mas felizes.
Trouxemos, entre outras coisas, duas boas lembranças de nossa peregrinação a Aparecida do Norte. Dois livros: o primeiro (e maior) denomina-se simplesmente Aparecida. Com fotografias de Fábio Colombini, a obra traz a arquitetura de Benedito Calixto de Jesus Neto, a arte das obras, painéis e vitrais de Claudio Pastro e os textos de Adélia Prado, da Editora Santuário.
O segundo livro, recebido na hora da saída, denomina-se Sob o Azul de Aparecida, e trata de vivências de Helena Lellis, mulher de 80 anos, professora aposentada, escritora e proprietária do hotel, com poemas, crônicas e músicas de sua autoria sobre a cidade. Trouxe assim comigo, através desses dois livros, a graça do céu e da terra de Aparecida, de que minha alma sempre se enamorou na infância, na juventude e na terceira idade.
Domingo de manhã, cheia a alma de alegrias espirituais, no mesmo ônibus cheio de peregrinos, retornamos para Garça.
LETTERIO SANTORO – 14.10.2013
Membro da APEG (Associação de Poetas e Escritores de Garça)
Autor, entre outros, do livro Romanceiro de Garça, à disposição nas Bibliotecas Municipal e do Centro de referência da Educação.


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